Livro "As Pegadas dos Megaeventos" é lançado no Parque Olímpico da Barra
O Livro "As Pegadas dos Megaeventos" (Mega Events FootPrints, past, present and future, no título em inglês) foi lançado, nesta segunda-feira (11.09), no Velódromo do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro.
A obra é uma coletânea de textos de mais de 100 especialistas. A ideia é refletir sobre a importância dos megaeventos esportivos, com análise dos Jogos Rio 2016 e das edições anteriores das Olimpíadas (verão e inverno), além da Copa do Mundo de Futebol. Organizados pelo professor-doutor Leonardo José Mataruna-dos-Santos e pela professora-mestre Bianca Gama Pena, os textos buscam juntar insumos para que acadêmicos, gestores e a população possam refletir sobre a relevância dos grandes eventos esportivos que chamam atenção do mundo.
"A obra é voltada para toda sociedade e, principalmente, para o melhor uso do futuro legado. A concepção do termo FootPrints significa os primeiros impactos e rastros deixados pelos grandes eventos nos anos iniciais após a realização. Ou seja, até cinco anos após os Jogos. A gente sabe que o legado só vai ser mensurado a partir desses cinco anos. Sei que existe uma cobrança da sociedade para ver tão logo os benefícios dos Jogos, mas só vamos conhecer ao longo dos anos", disse Mataruna.
O lançamento contou com a presença do secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio, do presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), Paulo Márcio, e do presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef), Jorge Steinberg. "Fico feliz de estar aqui no lançamento deste livro, pois quando olho atualmente para a estrutura do esporte brasileiro vejo um grande avanço. E esse crescimento se deu principalmente por causa da realização da Rio 2016.
O livro dá um sinal de quais serão os reflexos da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no nosso país", disse Rogério Sampaio. Mataruna acrescenta que o Rio 2016 largou na frente de outros países que receberam os Jogos Olímpicos. "Temos cerca de 20 possibilidades diferentes de explorar o legado.
Mais do que isso, temos que explorar o impacto. Já temos um grande avanço que é a abertura do Parque Olímpico da Barra a menos de um ano após o evento, o que não acontece geralmente em outros países. Em Londres, por exemplo, o Parque Olímpico foi aberto dois anos e meio depois dos Jogos. Então, cabe agora à esfera pública dar continuidade às oportunidades para a sociedade se sentir engajada nas questões dos FootPrints".
Segundo o presidente da AGLO, Paulo Márcio, falar de legado é desafiador. "A minha primeira tarefa à frente da AGLO foi construir um plano de ocupação para que em curto espaço de tempo a população do Rio de Janeiro utilizasse o equipamento.
Fico feliz, pois mostramos que a gente não só é capaz de promover grandes eventos, mas estamos conseguindo entregar um legado com uma agenda consistente de utilização dos equipamentos. Temos todos os finais de semanas até o fim de 2017 tomado por eventos, competições e atividades no Parque Olímpico", revelou.
Museu Nacional
No caminho de tornar o legado sólido para a sociedade, Paulo Márcio anunciou que o Museu Nacional do Esporte será instalado dentro do Velódromo do Parque Olímpico da Barra.
O projeto conta com acervo que relembra a história dos Jogos Olímpicos e de grandes nomes da história do esporte nacional. "Vamos trazer o Museu Nacional do Esporte em parceria com o professor Roberto Gesta e Lamartine da Costa .
Em breve teremos aqui um acervo inestimável", revelou. Paulo Márcio adianta que para 2018 diversos eventos estão agendados e campeonatos internacionais em negociação. "A gente aprende a cada dia como fazer um legado funcionar.
Teremos agora em outubro os Jogos Universitários que serão realizados nas Arenas 1 e 2 e os Jogos Eletrônicos, que serão disputados durante o Rock in Rio nas mesmas arenas. Temos também o Esporte e Cidadania para Todos, projeto social do Ministério do Esporte, que só no Parque Olímpico atende 450 crianças, que praticam atividades em 12 modalidades esportivas. Todas as crianças de escolas públicas podem aproveitar essa realidade aqui".
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