VIDEO - Copa dos E U A 1994
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A primeira vez que esse intrépido blogueiro viu o Brasil ganhar uma Copa foi em 1994 , aquele time comandado por Bebeto e Romário conquistou o título na final contra a Itália.
A edição de 1994 da Copa do Mundo marcou a décima quinta participação da Seleção Brasileira de Futebol nessa competição. Era o único país a participar de todas as edições do torneio da FIFA, fato que persiste até a última edição realizada da Copa, em 2014 e a próxima na Rússia em 2018.
O Brasil, liderado por Romário, dirigido pela dupla Parreira e Zagallo, foi para a Copa desacreditado pela difícil campanha nas Eliminatórias. Jogando um futebol burocrático, porém consistente em seu sistema de marcação e obediência tática, a seleção canarinho tinha na dupla de ataque Bebeto e Romário sua principal arma. Branco firmou-se como um dos principais jogadores da equipe.
O gol da vitória na partida contra a Holanda foi uma combinação da força e precisão de seu chute bem como excelente comunicação entre os jogadores da equipe. No primeiro jogo , o Brasil venceu a Russia por 2x0, com gol de Romário aos 26 minutos e também o de Raí, de pênalti, aos 52; infelizmente com 20 minutos Ricardo Rocha deixou o jogo. Contra os Camarões Dunga lançou Romário, deixando-o livre na frente do grandalhão Bell.
Como fazia com frequência na época, o atacante ganhou a corrida que apostou com a zaga e tocou a bola antes que o goleiro pudesse abafá-la. Márcio Santos e Bebeto completaram na etapa final:3x0. No terceiro jogo, Brasil e Suécia jogaram em esquemas muito defensivos. No primeiro tempo, Andersson marcou para os suecos; no início da etapa final Romário chutou de bico de fora da área e igualou. Brasil e Estados Unidos jogaram em San Francisco no dia 4 de Julho, dia do aniversário da independência norte-americana, diante de quase 85 mil pagantes. Começava o mata-mata.
A equipe da casa entrou com uma prioridade: sustentar o empate que levaria a decisão da vaga nas quartas-de-final para os pênaltis, pelos quais, obviamente, teriam mais chances de vencer. Armou uma retranca feroz. O Brasil pôs em prática uma das características do estilo Parreira, tocando a bola comtoda a paciência, em busca da brecha que pudesse levar o time à vitória.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Aos 72 minutos, Romário percebeu a entrada de Bebeto pelo lado direito da grande área e rolou a bola que o jogador, num toque mágico, de sinuca, pôs do lado esquerdo de Tony Meola, garantindo a suada, mas justa, vitória. A nota desagradável foi a cotovelada de Leonardo em Tab Ramos, que causou não só a expulsão do lateral pelo resto da Copa, além dos danos físicos ao jogador norte-americano, que só se recuperou definitivamente em dezembro, quando voltou a jogar com o seu clube de então, o Bétis, da Espanha.
Havia a expectativa de um jogo mais aberto entre Brasil e Holanda, dada a qualidade do adversário, mas o esperado só ocorreu no segundo tempo. O Brasil fez 2x0 em dois contra-ataques. No primeiro gol, Romário completou de bico o cruzamento de Bebeto. No segundo, Aldair deu passe longo para Romário, que serviu Bebeto. A zaga holandesa vacilou, imaginando que o atacante estivesse em posição de impedimento, e Bebeto driblou o goleiro De Goeij para pôr a bola na rede e comemorar com o "nana nenê" que fez história. Nos outros dois descuidos brasileiros durante toda a Copa, a Holanda empatou nos 12 minutos seguintes. Até que Branco sofreu uma falta na intermediária. Branco era o substituto de Leonardo e uma aposta de Parreira condenada por muita gente. No entanto, não só manteve o nível, como cobrou com perfeição a tal falta que recebera, garantindo a vitória de 3x2 que pôs o Brasil na semifinal.
E lá estava a Suécia, fechada como de hábito e como nunca, representando mais perigo do que a Suécia da primeira fase, por ter ensaiado á exaustão ao contra-ataque que já surpreendera o Brasil. Restavam 10 minutos e o time do técnico Tommy Svensson começava a sonhar com a decisão por pênaltis que poderia levá-lo, pela segunda vez, à decisão de uma Copa do Mundo, quando Jorginho fez cruzamento da direita que Romário, aparou de cabeça na pequena área, no meio de uma floresta de gigantes, para tornar o Brasil finalista:1x0.
Para a final, o Brasil jogou pouco mais ofensivo e a Azurra, jogou excessivamente defensivo, para pressionar o Brasil. O Brasil, anote, chutou vinte e duas vezes ao gol de Pagliuca, contra seis do adversário. E acreditou na vitória até na prorrogação, quando Parreira trocou Zinho por Viola, um atacante genuíno.
Romário desperdiçou uma bola sob as traves. O jogo acabou 0x0. Começou a cobrança de pênaltis: Baresi chutou para fora; Márcio Santos chutou para as mãos de Pagliuca; Albertini fez 1x0 para a Itália; Romário empatou para o Brasil; Evani acertou, fazendo 2x1; Branco tornou a empatar para o Brasil; Massaro chutou para uma espetacular defesa de Taffarel; Dunga com muita raça virou para o Brasil, 3x2; restava Baggio, que chutou para o alto. O Brasil tornou-se tetracampeão do mundo. E Dunga levantou a Taça do Mundo, mostrando, quatro anos depois, que o jocoso apelido "Era Dunga" que a imprensa dera ao desastre de 1990 fora, sobretudo, um apressado equívoco. Os atletas comemoraram com uma faixa homenageando o falecido piloto de corrida Ayrton Senna, onde escreveram Senna este tetra é nosso.
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