GE : CBF acolhe só atletas, e treinadores pedem aprovação de “Lei Caio Júnior”

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A ausência da família de Caio Júnior da lista de beneficiadas pela CBF com seguro de vida pela morte no acidente aéreo envolvendo a delegação da Chapecoense fez crescer a movimentação por alterações na lei que regulamenta a profissão de treinador no Brasil. A entidade alega que apenas atletas vinculados ao Boletim Informativo Diário (BID) têm direito ao montante de 12 salários, mas a Federação Brasileira de Treinadores de Futebol (FBTF) contesta. Paralelamente ao debate, corre em Brasília um projeto que, caso aprovado, levará o nome do técnico falecido em 29 de novembro. 

 De autoria do deputado José Rocha (PR/BA), a emenda solicita que os contratos dos treinadores, auxiliares e preparador de goleiros sejam registrados na CBF e federações estaduais - o que permitiria que Caio Júnior tivesse direito ao seguro -, cursos de qualificação tenham a anuência da entidade e que os responsáveis por quebras de vínculo arquem com os custos da rescisão, seja clube ou profissional, entre outras. 

O projeto já tem a aprovação das comissões de esportes e do trabalho, sendo encaminhado para de constituição de Justiça, na capital federal, último passo antes de ser votado na Câmara. A FBTF, por sua vez, ainda levará o caso de Caio Júnior para discussão na CBF. Vice-presidente do órgão, Vagner Mancini, coincidentemente o novo treinador da Chape, é um dos defensores da inclusão de seu antecessor na relação de beneficiados e expõe seus argumentos: 

 Essa alegação de que o contrato não era registrado é um de nossos pedidos para regulamentação da lei. Me admira muito a CBF, sabendo disso, não efetuar o pagamento. O Caio, como qualquer outro treinador que está a beira do campo, está a trabalho. A CBF tem autonomia de exigir em regulamento de competição que os contratos sejam registrados. Vamos fazer contato e pedir uma explicação. Isso precisa virar lei. Em São Paulo, desde o ano passado, os clubes tiveram que fazer esse registro, que exige, por exemplo, que exista acerto antes que clube ou treinador acerte com outro. Não queremos levar vantagem. 

 Por exigência da Lei Pelé, todos os clubes devem realizar seguros de vida para seus atletas. De acordo com a CBF, por conta da dificuldade de muitas agremiações, a própria assumiu esta função em maio do ano passado, desde que o atleta estivesse registrado no BID. A entidade afirma ainda que toda renda do amistoso entre Brasil x Colômbia, dia 25, no Rio de Janeiro, será revertida, via clube catarinense, justamente para familiares de jogadores, comissão técnica e dirigentes vitimados na tragédia. Filho de Caio Júnior, Matheus Saroli confirmou que sua família não foi contatada pela CBF. 

O jovem revelou ainda o desejo antigo do pai para que a profissão fosse regulamentada justamente visando benefícios comuns a todo trabalhador:- Meu pai já falava que buscava uma regulamentação para classe de treinadores. Qualquer profissão tem, os jogadores têm, e o treinador não tem situações como seguro, benefícios... Todos, não só de primeira, segunda e terceira divisão. São treinadores que ficam desamparados. Os das principais divisões, ainda têm contrato, multa, por mais que seja essa bagunça de demissão. Os outros não têm nada. A Chapecoense informou na tarde de quarta-feira o pagamento de 40 salários para as famílias de todos os jogadores mortos no acidente de 29 de novembro. Além dos 12 pagos pela CBF, a seguradora contratada pelo clube custeou 28 com base no cálculo de 12 meses, mais 13º e férias dobrado por se tratar de uma tragédia. 

 O montante não agraciou parentes das outras vítimas, que têm recebido diretamente do clube os valores referentes a bichos por vitórias, título da Sul-Americana, salários, entre outros benefícios. O seguro direcionado a funcionários com vínculo empregatício com a Chape foi pago pela Caixa Econômica Federal, no valor máximo de R$ 40 mil.
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