Dunga faz um ano no comando e Seleção ainda joga no ‘toca para o Neymar’



O capitão do tetracampeonato reassumiu a seleção brasileira no dia 22 de julho de 2014. Na frieza dos números o trabalho de Dunga na seleção tem alto aproveitamento. São 14 jogos, apenas uma derrota para a Colômbia pelo placar mínimo de 1 a 0 e uma eliminação para o Paraguai nos pênaltis.

A maioria das vitórias, no entanto, foi conquistada em amistosos. Em jogos oficiais o retrospecto não é essa maravilha. Na Copa América foram duas vitórias, um empate e uma derrota. Pior do que as derrotas é a constatação de que a seleção brasileira depende inteiramente do futebol de Neymar.

Único protagonista brasileiro no futebol mundial da nova geração, Ney acumula funções na seleção brasileira. É camisa 10, goleador, capitão e batedor de faltas. Com ele em campo a equipe faz cada ataque passar por seus pés e sem ele… Bem. Sem ele o time de Dunga parece mais uma equipe limitada que joga por uma bola.

Após o papelão e a suspensão de Neymar na Copa América, o Brasil terminou os 90 minutos sendo pressionado e lutando para segurar o placar de 2 a 1 diante da Venezuela. Portanto não é exagero resumir o futebol da Seleção atual ao ‘toca no Neymar’.

Evidentemente que a culpa do futebol apenas regular do Brasil não é exclusivamente de Dunga. O grupo é formado por jovens atletas e pode melhorar bastante apenas com entrosamento. A proposta de jogo de treinador também é mais segura e menos ingênua do que a do time de Felipão que foi eliminado da Copa de 2014 com a pior derrota da história do nosso futebol.

O eterno 7 a 1 ainda é uma ferida recente. E o ‘respeito ainda não voltou’. E tende a demorar para voltar. A revelação de Daniel Alves de que Guardiola estaria disposto a assumir o Brasil antes da Copa de 2014 reascendeu a velha polêmica de ter ou não um técnico estrangeiro no comando do Brasil.

Ter ou não um técnico estrangeiro, na minha opinião, não é o principal problema da seleção brasileira. Traumatizado pela humilhação sofrida na Copa dentro de campo e completamente desmoralizado fora dele, o futebol pentacampeão é uma sombra do que foi o dia. O time de Dunga é apenas o retrato do seu tempo. Oferece o que tem de melhor e, por isso mesmo, não inspira confiança em ninguém. Até a reconstrução da equipe o que podemos fazer é seguir no esquema ‘toca para o Neymar’. 

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