VIDEO : Beckenbauer - Imperador do futebol
O Imperador da Alemanha
Desde a infância, Franz Beckenbauer foi predestinado a mudar o futebol da Alemanha. Ganhou todos os títulos possíveis pelo Bayern de Munique e duas Copas do Mundo. Em 1974, como jogador, e em 1990, como técnico da Alemanha. Um feito inédito para um europeu.
E quando todos pensavam que o antigo gênio da bola havia se transformado em um cartola comum, driblou o favoritismo e conseguiu levar a Copa de 2006 para território alemão.
O jogador genial começou a despertar cedo em Beckenbauer. Logo aos 19 anos, ele ganhava a camisa de titular do Bayern de Munique, pouco expressivo na época. Aos 22, já era o capitão. Função, aliás, que exerceu por muito tempo na seleção da Alemanha. Beckenbauer fez a torcida do Bayern e da própria Alemanha conhecer o melhor do futebol. Por seu clube, foi cinco vezes campeão da Bundesliga, ganhou quatro copas da Alemanha, títulos europeus e mundial.
A liderança deu a Beckenbauer o apelido de Kaiser, que em alemão significa imperador. Fez o que quis com a bola nos pés. Encantou a Europa com seus lançamentos precisos, chutes fortes e posicionamento irreparável. Como perfeito líbero, atacava e defendia com a mesma eficiência. Um jogador completo, o melhor que a Alemanha já teve.
Sem mais o que ganhar no futebol europeu (foi eleito duas vezes o Melhor Jogador da Europa, em 1972 e 1976), seguiu a trilha de Pelé. Atuou por três anos no Cosmos, dos Estados Unidos. Retornou a seu país para jogar no Hamburgo, com a esperança de ser convocado para a Copa de 1982. Sem a nova chance, voltou ao Cosmos para encerrar a carreira, como fez Pelé.
Chuteiras penduradas, decidiu se arriscar como treinador. Chegou à seleção. Em sua primeira Copa, em 1986, um vice-campeonato. O título viria no Mundial seguinte, em 1990. Como já não havia mais o que fazer como técnico, passou a ocupar cargos burocratas no Bayern de Munique até chegar à presidência do clube.
Em 2006, ele foi o principal responsável pela campanha alemã para organizar a Copa, superando o favoritismo da África do Sul na época. Com seu prestígio e um lobby extremamente eficiente, Beckenbauer ajudou a Alemanha a abrigar mais um Mundial.
Em dezembro do ano passado, ele participou do sorteio de grupos da Copa de 2010. Hoje, Beckenbauer assina uma coluna sobre esportes num jornal alemão e é presidente de honra do Bayern de Munique.
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