Homossexualidade deixa de ser tabu no futebol feminino

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Apesar das diferenças culturais entre os países, a homossexualidade começa a deixar de ser um tabu no futebol feminino, que neste aspecto parece estar um passo à frente da categoria masculina. Se, na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, nenhum dos participantes era abertamente gay ou bissexual, na Copa do Mundo feminina da Alemanha /2011, havia jogadoras assumidamente gays.
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Na equipe da Alemanha, anfitriã do Mundial e bicampeã da competição, a goleira Nadine Angerer, de 32 anos, assumiu-se bissexual. Ela foi eleita em 2010 a melhor goleira do mundo. A revelação de Nadine causou alvoroço no país e iniciou um debate sobre o silêncio a respeito do assunto no futebol masculino.
A atleta Ursulla Holl, reserva de Nadine, já havia se assumido como lésbica e, em 2010, uniu-se civilmente a sua companheira, Carina, em Colônia. O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Theo Zwanziger, apoiou a decisão das jogadoras de sair do armário. Na Seleção Inglesa, a treinadora da equipe, Hope Powell, foi eleita a 68ª na lista dos 100 homossexuais mais influentes do Reino Unido, elaborada em 2010 pelo jornal The Independent.
Assumiram sua sexualidade também a alemã Martina Voss, 125 vezes convocada para a seleção nacional, as noruegueses Bente Nordby e Lisa Medalen, e a ex-capitã da equipe francesa, Marinette Pichon. Em outros esportes, a homossexualidade feminina é representada por atletas como as tenistas Martina Navratilova e Amelie Mauresmo e pelas jogadoras de handball Gro Hammerseng e Katja Nyberg.
Preconceito – Em outros países, no entanto, ainda impera o preconceito. A treinadora da seleção feminina da Nigéria, Eucharia Uche, por exemplo, condena a homossexualidade. “A homossexualidade não tem uma causa física. Necessitamos da intervenção divina para controlar e lutar contra ela”, disse Eucharia Uche.
A treinadora nigeriana disse não haver lésbicas entre suas jogadoras e contou que, no passado, “combateu o problema” com pastores religiosos e assessoria espiritual. Em resposta às palavras da nigeriana, os organizadores do Mundial feminino anunciaram que irão analisar se alguma jogadora daquele país foi vetada da equipe por causa da sua orientação sexual.
Parada gay – O início da Copa do Mundo 2011 coincidiu com a celebração da Parada Gay de Berlim, que este  ressaltava a necessidade de se combater a homofobia no esporte. Os organizadores tinham objetivo de dar um cartão vermelho ao preconceito. Aproveitando a Copa Feminina de 2011, o Museu Gay de Berlim organizou uma exposição coletiva sobre a relação entre o futebol e a homossexualidade.
(Com Agência France-Presse)
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